domingo, 18 de abril de 2010

Leito

Quando pensa que é mar torna rio
Lambe o leito que amanhece frio
Vira tudo da água pro vinho
Quarto vazio enfeitado de ar

Forja as margens e o que mais vier
Gira os sonhos e a ponta do pé
No colo da pedra
No templo do tempo
O que encaracola é concha ou é mar

A trama da colcha
A língua na teia
Na alcova do corpo
A taça do vento

Corre o rio qual sangue na veia
Rasga as vias do leito,
Incendeia

Liv Nicolsky e Arthus Fochi

5 comentários:

  1. se ele existisse além da imaginação prosaico-poética, soltaria sim! rs

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  2. Lindo! já foi musicado?

    saludos (de uma brasileira em terra hermana)

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  3. acabo de voltar do teu myspace, minino fiquei impressionada! não podia economizar elogios,

    é um orgulho ver alguém da minha geração capaz de criar tão belas canções de folclore!
    'mendigo' escutei 4 vezes seguidas rs
    me lebrou Victor Jara...
    beijos

    obs. ganhaste uma nova admiradora!

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