domingo, 8 de agosto de 2010

Vil ( Ode à Alvares de Azevedo)

Tu levaste uma paixão de mim
Que não se recupera em meio século
Foi perjurio da alma
Revelar todos os mais porosos mistérios

A um espírito de fogo, casto ar
Dei meu libido e a efervescência contida da minha juventude
Pareço um velho corcunda, masturbando minha apatia
Cheio de sorrisos vazios e vultos

Foi perjurio ter pensado com futuro
Testemunhar a teu lado mornas manhãs de outonos tropicais
Pular chuvas nas noites fecundas

Tu levaste a luz, a semente, a lenha do breu
E o significado do trabalho é esconderijo
Para um resigno ferido de teu amor

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