sábado, 21 de janeiro de 2012

Nos meus devaneios

uma saudade de casa

Que finda no ver do horizonte

De cá, de onde estou, irmãos


Pois sim, conhecer nunca é demais

E juntar-se, na mesma indignação

Nos impele o capataz: Tempo.

Que ganas! Temos de unir os continentes.


Imagino as cores desta nostalgia

Com a alegria da varanda

Imagino os ritmos destas avenidas

Com as vossas cantorias


E que algo me conte mesclas:


Vento tropical,

Por que não passas agora

E me aqueces os pés?


Se a colheita é sazonal,

Por que não mostra-nos

O poder de reservar?


Tempo, se atento

Sinto sol quando chuvo

E todo o revés

Dos malditos


Deixa claros e escuros

Luas, praias, gentes de candura

Muitos sóis

Em todo passo à paisagem


Seja nenhuma paragem

A última ou prima

Hora, na amplidão

Vivamos sem freios


No fundo do que toco

Há uma saudade infinda

De cá, de onde estou, irmãos

Nos meus devaneios



Em Alfama, Lisboa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário